sábado, 8 de novembro de 2008

Dor e inflamação

Dor
A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com lesão tecidual real ou potencial. Inicia-se em terminais nervosos específicos que estão distribuídos por todo o corpo. Esses receptores transmitem as mensagens sob a forma de impulsos elétricos ao longo dos nervos até a medula espinhal e, em seguida, para o cérebro. Algumas vezes, o sinal desencadeia uma resposta reflexa ao chegar na medula espinhal. Quando isto ocorre, um sinal é imediatamente reenviado ao longo dos nervos motores até o local original da dor, desencadeando a contração muscular. Um exemplo de resposta reflexa é a reação imediata de afastamento quando tocamos inadvertidamente alguma coisa muito quente. O sinal da dor também é transmitido ao cérebro. Somente quando o cérebro processa o sinal e o interpreta como dor, o indivíduo passa a ter uma percepção consciente da mesma.
Os receptores de dor e as suas vias nervosas diferem nas partes do corpo. Por essa razão, a sensação de dor varia de acordo com o tipo e a localização da lesão. Por exemplo, a quantidade de receptores para a dor na pele é enorme e eles são capazes de transmitir informações precisas como, por exemplo, a localização de uma lesão e o tipo de dor. A dor sentida em algumas áreas do corpo pode não refletir acuradamente a localização do problema porque pode tratar-se de uma dor referida, isto é, originária de um outro local.
A dor referida ocorre porque os sinais de várias áreas do corpo são freqüentemente transmitidos pelas mesmas vias nervosas que vão à medula espinhal e ao cérebro. A dor de um infarto do miocárdio pode, por exemplo, ser sentida no pescoço, na mandíbula, nos membros superiores ou no abdômen, e a dor causada por um problema da vesícula biliar pode ser sentida no ombro. A tolerância à dor varia de um indivíduo para o outro. Um indivíduo pode considerar a dor de um pequeno corte ou de uma escoriação intolerável, enquanto outro pode tolerar um acidente maior ou um corte com uma faca com pouca queixa. A capacidade de suportar a dor varia de acordo com o humor, a personalidade e as circunstâncias. Em um momento de excitação durante uma competição atlética, o atleta muitas vezes não percebe uma contusão grave, mas poderá perceber a dor após a partida, sobretudo se a sua equipe tiver perdido. A percepção da dor pode inclusive mudar com a idade. À medida que os indivíduos envelhecem, eles queixam-se menos da dor, talvez porque as alterações do organismo reduzam a sensibilidade à dor ou, simplesmente, porque se tornam mais estóicos que os indivíduos jovens.

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